Fazendo o ImpossívelO Sexto MandamentoNão matarás. Êxodo 20:13
Em casa temos uma gatinha mansa e dócil como nenhuma outra. Logo que você se senta, ela vem, roça os bigodes em você e depois fica ao seu lado com o "motorzinho" ligado. Se você já teve um felino amigável, sabe como isso é lindo.
Permita-me fazer uma pergunta: Qual a diferença entre o gato e um tigre? É o tamanho.
Não se engane. O seu gato ou meu - sim, aquele dócil bicinho - tem o cérebro e todos os instintos de um tigre, bem como o mesmo sangue-frio. Se eu fosse menor e a gata maior, ela estaria interessada em mim pela mesma razão pela qual se encanta em observar os pardais que pousam no quintal de casa.
Quando Jesus falou acerca do sexto mandamento, disse: o seu tamanho não conta; se você tem a mente e o coração de um tigre, você é um tigre. Aqui estão literalmente as Suas palavras: "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás... Eu, porém, vos digo que todo aquele que [sem motivo] se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo" (Mateus 5:21 e 22).
O que isso significa? Que quando alguém o provoca, se você não consegue controlar seus sentimentos e atos, então a única diferença entre vocês é o seu tamanho. Porque, se você tivesse vivido onde e quando elas viveram, teria se comportado exatamente como elas.
A maioria de nós, claro, conhece a solução perfeita para os problemas das relações humanas: se as pessoas fossem legais conosco, não teríamos problemas nenhum em ser igualmente legais com elas. Mas Jesus disse: "Não fazem os gentios também o mesmo?" (verso 47). A verdadeira questão é: Você consegue ser bondoso com alguém que o magoou? Pode realmente amar alguém que o prejudicou?
Não é fácil. Na verdade, as pessoas acham que o ensino de Jesus sobre o sexto mandamento é um exemplo extremo, sem a intenção de que seja obedecido na prática, exceto talvez por algumas santas almas que vivem sozinhas no topo da montanha.
Ser verdadeiramente positivos em nossas relações cristãs significa mais do que deixar de odiar. Requer que substituamos o ódio pelo amor. disse Jesus:
"Amai os vossos inimigos,
fazei o bem aos que vos odeiam;
bendizei aos que vos maldizem,
orais pelos que vos caluniam" (Lucas 6:27 e 28).
Por que deveríamos ser bons para as outras pessoas? Porque Deus é bom conosco. "Assim como o Senhor vos perdoou", diz o apóstolo, "assim também perdoai vós"(Colossenses 3:13). Conseguimos realmente perdoar as pessoas que nos magoaram, enganaram e traíram? Sim, porque fomos muito perdoados. Como nos recusaríamos a perdoar alguém?
O perdão genuíno só é possível quando temos plena consciência da profundidade do perdão que recebemos. Quando reconhecermos que somos pecadores perdoados, nossa insolente arrogância contra as pessoas que nos feriram desaparecerá. Começamos a ver essas pessoas que nos magoaram como companheiras de jornada na vida, gente que, assim como nós, luta contra o poder de uma natureza má. Somente então a compaixão começará realmente a tomar o lugar do ódio, e o verdadeiro perdão começará a fluir. Não há outra maneira.